Ordenação Presbiteral do Diácono Reginaldo: Um chamado de amor e serviço à Igreja – “Seduziste-me, Senhor, e eu me deixei seduzir”

12 de novembro, 2024

Na tarde do último sábado (09/10), o bispo diocesano Dom Estevam ordenou mais um presbítero para o serviço da Igreja: o agora Pe. Reginaldo Silva Oliveira. A Celebração Eucarística de Ordenação Presbiteral aconteceu na Igreja Matriz da Paróquia Senhora Sant’Ana, em Ipirá.

Pe. Reginaldo Silva Oliveira escolheu como tema para sua vida presbiteral: “Seduziste-me, Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jeremias 20,7). Como o profeta Jeremias, o diácono Reginaldo sentiu no coração o chamado irresistível do Senhor e respondeu com um “sim”, entregando-se a essa missão de amor e serviço para toda sua vida, destacou Dom Estevam em sua homilia.

Recordando a ordenação do Pe. Rafael, realizada no último dia 19 de outubro, o bispo diocesano ressaltou as quatro proximidades que o Papa Francisco recomenda aos padres: proximidade com Deus, com o bispo, com o presbitério e com o povo — características essenciais para quem ingressa no presbitério.

Dom Estevam, em sua homilia, destacou o Rito de Ordenação com sua simbologia e beleza:

A Imposição das Mãos: o Espírito que Capacita e Envia

   A imposição das mãos e a oração consecratória são momentos centrais da ordenação, que remontam aos Apóstolos. Este ato representa a transmissão do ministério apostólico e a missão que o sacerdote assume de ser um instrumento da graça e do amor de Deus no mundo. Reginaldo, ao receber a imposição das mãos com a oração de consagração, torna-se um sinal vivo do amor de Cristo. Que o Espírito o fortaleça e capacite a estar próximo das pessoas, mostrando-lhes o rosto misericordioso e compassivo de Deus.

A Unção das Mãos: Consagração ao Senhor

   No momento da unção, as mãos do novo padre são ungidas com o óleo do Crisma, um perfume sagrado que o consagra a Deus. Como Isaías nos lembra, é o Espírito do Senhor que unge para anunciar a Boa Nova aos pobres e consolar os que choram. A unção das mãos é um sinal de que o sacerdote pertence ao Senhor, escolhido para a missão de Cristo e para levar o perfume da presença divina ao mundo. Diácono Reginaldo, hoje você recebe este perfume espiritual que o consagra a Deus e ao serviço de seu povo. Que suas mãos levem sempre o consolo e a esperança do amor de Deus a todos os que mais necessitam.

O Perfume de Cristo: Amor que Transforma e Faz o Sacerdote Servidor

   No Evangelho de hoje (Jo 15,9-17), Jesus nos chama a amar como Ele amou, a ponto de dar a vida. Este é o perfume mais precioso que o sacerdote pode carregar: o amor de Cristo, que gera proximidade e impulsiona ao serviço. O sacerdote é aquele que, ao deixar-se seduzir por esse amor, entrega sua vida como verdadeiro amigo de Cristo, buscando sempre servir e não ser servido. Reginaldo, o Senhor hoje o convida a ser amigo de Cristo no mundo e a carregar esse amor em cada ato de seu ministério. Que esse amor seja renovado todos os dias na sua amizade com Ele, e que, inspirado por essa entrega, você possa ser um sinal de esperança para Deus, para o bispo, para o presbitério e para o povo.

Ao concluir, Dom Estevam afirmou: “Querido diácono Reginaldo, daqui a pouco Pe. Reginaldo, ao receber a ordenação sacerdotal, sinta essa sedução do Senhor. Deixe-se atrair perpetuamente pelo perfume de Cristo, que o consagra, o aproxima do povo e o faz servidor. E que, a cada dia de seu sacerdócio, você seja um perfume de amor, compaixão e misericórdia, deixando um rastro de esperança e paz onde quer que vá. Lembre-se sempre que o ministério sacerdotal não é trono, mas lava-pés.”

Em seus agradecimentos, Pe. Reginaldo Silva Oliveira lembrou de Dom André, que o acolheu no início de sua caminhada vocacional, e expressou gratidão pelo pastoreio de Dom Estevam e por toda experiência compartilhada, amor de pai, serenidade e resiliência. Agradeceu também aos seus formadores, ao Seminário Bom Pastor e à Faculdade Católica pela colaboração em sua jornada formativa. Emocionado, Pe. Reginaldo demonstrou seu eterno amor à sua mãe e gratidão a todos os familiares. Agradeceu à Paróquia Senhora Sant’Ana, à sua comunidade de origem e às paróquias por onde passou em sua caminhada vocacional. Concluiu dizendo: “Tenham consciência de que sou frágil, pequeno, repleto de erros e defeitos, mas confio que irei fazer transparecer, no meio do povo, o rosto do Cristo misericordioso. Rezem por mim e pelo meu ministério.”