O 2º domingo do Advento

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O profeta Isaías é um personagem marcante na história do povo de Israel, sua boca transmite a mensagem de Javé, que promete a vinda do Messias, o Emanuel, quer dizer Deus conosco.
A mensagem do profeta é de esperança, consolo para o coração aflito, angustiado, oprimido e sofrido, condicionado pelo tempo e a história. Como está se organizado o sistema político e sócio-econômico da sociedade? Como está a nossa relação com Deus e humanidade? A boca do profeta diz que o Messias, prometido pelo Senhor, chegará aos corações, pois

“ele não julgará pelas aparências que vê nem decidirá somente por ouvir dizer. Mas trará justiça para os humildes e uma ordem justa para os homens pacíficos; fustigará a terra com a força de sua palavra e destruirá o mau com o sopro dos seus lábios”.

A Palavra do profeta é cheia de encanto, que entusiasma o coração, impulsionando-nos a viver na fidelidade da aliança com Deus. Afastando-nos do mal, que é passageiro e não definirá o tempo presente do qual virá.
A segunda leitura continua. Paulo reafirmando a primeira, diz que tudo que foi escrito pelo profeta Isaías, foi escrito para a instrução, que orienta o coração, que se encontra à deriva do mal, contudo, hoje, os maiores males da sociedade são: corrupção da política e violência .
Paulo em sua carta procura comunicar a comunidade qual é a finalidade do crente: ser fiel e viver na constância, confortando-se espiritualmente com a Palavra, na firme esperança que em breve julgará os maus e justificará os bons, que vivem na lei do Senhor e sua verdade. Com isso, é assim que alcançaremos a vitória. Paulo incentiva os cristãos para a unidade, em um só coração e uma só voz, embora sejamos diferentes, para que as nossas boas obras glorifiquem o Senhor Jesus, para que tudo que realizamos não seja para confirmarmos que somos bons, contudo, a nossa bondade, generosidade, serviço, justiça, amor e esperança tem a sua razão de ser em Cristo.
No Evangelho de Mateus aparece outro personagem central, marcante do segundo domingo advento: João Batista, o precursor, que é o último dos profetas. O evangelista Mateus relata que João Batista era um profeta. Onde e como ele vivia? Vivia no deserto. Como se vestia? Usava roupa feita de pelos de camelo e um cinturão de couro em torno dos rins; comia gafanhotos e mel do campo. A morada do profeta era em torno do Rio Jordão, porque além de pregar a conversão, dizendo: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. Ele também concluiu o tempo do profetismo, indicando o cordeiro de Deus, o Messias, que tira o pecado do mundo. A mensagem principal do profeta João é de conversão. Ele dizia: “convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”. João realizava o batismo de conversão com a água, mas dizia: virá um outro, o Senhor, que vos batizará com o Espirito Santo.
A conversão anunciada por João está vinculada a mudança de vida, que a promove a partir do encontro pessoal com Jesus e realiza sua obra, que é testemunha, que comprova a conversão do coração humano e da mente. Portanto, vejamos que o profeta em sua mensagem é humilde, deixando claro, que não é ele a centralidade do anúncio nem a atenção, ele é apenas alguém que recebeu a missão de anunciar a conversão à luz da Palavra, que nos leva a encontrar e experimentar a pessoa de Jesus, do qual nasce a missão, o anuncio e o serviço em todas as dimensões da vida, que produz frutos para glorificação do Senhor e vitória dos que creem.

Texto: Pe Edson Batista Medeiros
(Missionário da Arquidiocese de Salvador em Missão na Diocese de Ruy Barbosa)

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