No último domingo, 15 de dezembro, Dom Estevam, bispo diocesano, prestigiou a cerimônia de premiação dos melhores vaqueiros do ano de 2024, realizada no Sítio Diamante, de propriedade de Nem de Joe, em Ruy Barbosa.
Em seu discurso, o bispo exaltou os valores da paz e da fraternidade, especialmente no âmbito familiar. Com emoção, relembrou seu pai, que também vestia trajes de vaqueiro, e as memórias afetivas que essa tradição evoca. Agradeceu aos organizadores do evento e manifestou o desejo de que essa tradição se fortaleça cada vez mais em nossa região.
A toada “O Vaqueiro e o Padre” traz lindos versos sobre esta rica tradição do nordeste brasileiro:
O Vaqueiro e o Padre
O vaqueiro percorre a imensidão,
Cavalgando nas veredas do sertão.
Com o chapéu e gibão a lhe proteger,
Enfrenta o sol, a chuva e o entardecer.
O padre caminha em outro chão,
Pastoreando almas com devoção.
Com a batina e o terço a lhe guiar,
Cuida do rebanho, ensina a amar.
O vaqueiro guia o gado disperso,
Com coragem enfrenta o universo.
Seu laço e seu grito são direção,
Mantendo as reses na mesma união.
O padre conduz um rebanho divino,
Na prece busca o amor cristalino.
Seu cajado é a cruz, seu campo é a fé,
E a Palavra é a trilha que ele põe de pé.
O vaqueiro chora ao perder uma rês,
O padre lamenta a ovelha que se desfez.
Mas ambos carregam no peito um ardor,
De cuidar do que amam com todo amor.
O vaqueiro e o padre, dois missionários,
Em ofícios distintos, porém solidários.
Um cuida da terra, o outro do céu,
Ambos vestem com honra o seu papel.
Enquanto o vaqueiro busca o curral,
O padre guia ao porto celestial.
E no sertão ou no altar a vida diz:
Servir com coragem é o que nos faz felizes.
















