Missão nas escolas: O conviver com o DIFERENTE ME AGRADA?

O diálogo com os alunos nas escolas partiu desta pequena interrogação que nos ajudou a refletir sobre a nossa relação para com o outro. A partir da música “é preciso saber viver”, meditamos sobre a grandeza do mistério da vida e a beleza de sermos diferentes. Como canta Padre Zezinho, “tenho irmãos, tenho irmãs aos milhões, em outras religiões, falamos diferente, cantamos diferente, pregamos diferente, mas numa coisa nós somos iguais, buscamos o mesmo amor, queremos a mesma luz, sofremos a mesma dor, levamos a mesma cruz”.

A professora Mila Maine da Silva Meireles quando criança foi criada no meio católico e umbandista; na adolescência adquiriu conhecimento sobre a importância das religiões, de matriz africana e foi então que teve consciência da necessidade da preservação da memória e luta de seus ancestrais. Conta a professora Mila que na adolescência sua família sofreu um atentado pelo simples fato de serem de outra religião. Isto ainda hoje dói, conclui ela com lágrimas nos olhos. Hoje Mila cresceu, estudou e enquanto educadora e mulher negra procura mostrar para as pessoas que ser diferente é legal e que podemos sim viver em harmonia, respeitando a religião uns dos outros.

Este testemunho de alguém que sofreu na própria pele intolerância, preconceito e agressão criminosa motivou os missionários a abordar este tema nas visitas às escolas, convidando os alunos a conviver com o diferente e a perceber a beleza que brota daí.

Missão é sair de si mesmo e ir ao encontro do outro, que é diferente de mim e ao mesmo tempo igual a mim, pois somos todos humanos, convivendo na mesma casa comum, com a missão de cuidar daquilo que é de todos. Deus saiu de si mesmo para habitar em nosso meio, montou entre nós sua tenda, para convidar-nos à construção do seu reino de paz, tolerância e respeito. A ternura de Deus faz parte da espiritualidade missionária, sempre aberta a acolher e respeitar o diferente.

Durante as visitas alunos e professores puderam ver e ouvir o testemunho dos jovens missionários, que ouviram o chamado de Deus e vieram de várias cidades. Agradecemos aos professores, diretores, funcionários e alunos das escolas que tão bem acolheram os missionários.

Continuamos com o sonho de Cristo, tão bem traduzido por Pe. Zezinho: “um dia talvez quem sabe, um dia talvez quem sabe, um dia talvez quem sabe, descobriremos que somos iguais, irmão vai ouvir irmão. E todos se abraçarão, nos braços do mesmo deus, nos ombros do mesmo pai, irmão vai ouvir irmão, e todos se abraçarão, nos braços do mesmo deus, nos ombros do mesmo uou, uou,uou… pai.

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