Início da 55ª Assembleia Geral da CNBB por Dom André

Caros Irmãos e Caras Irmãs,

Com a presença de mais de 370 bispos, começou nesta quarta, 26/04, em Aparecida a 55ª Assembleia Geral da CNBB. Talvez muita gente acompanhou ao vivo a Missa de Abertura no Santuário de Nossa Senhora Aparecida. A homília do Presidente da CNBB, Cardeal Sérgio da Rocha deixou bem claro o espírito deste evento.

  • A sua fonte e inspiração mais profunda:

“Esta celebração eucarística é o primeiro ato da Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. É sinal e recordação de que a Eucaristia é a fonte e o sustento da vida e missão da Igreja e, portanto, a fonte da comunhão que nos une nestes dias de Assembleia.

Iniciamos o nosso dia rezando, iniciamos as nossas atividades com a Eucaristia, porque sabemos que o nosso compromisso de promover a unidade e a paz é dom de Deus, é graça do Senhor Ressuscitado, é dom do Espírito que anima a missão evangelizadora da Igreja. Por isso, os nossos esforços em favor da unidade, da justiça e da paz, no Brasil e no mundo, devem ser acompanhados de oração, de muita oração, e da escuta da Palavra para poder discernir os passos a serem dados e ter a força para percorrer o caminho a seguir. Por isso, pedimos encarecidamente a oração da Igreja em todo o Brasil pela Assembleia Geral que se inicia. Rezem por nós!”

  • A missão que temos pela frente na realidade que estamos vivendo:

São inúmeros os desafios para a missão da Igreja… A boa nova que ouvimos necessita ser anunciada a todos, especialmente aos que mais sofrem…  A certeza de contar sempre com o amor de Deus nos anima na missão bonita e exigente de evangelizar, compartilhando a alegria e a esperança do Ressuscitado com todos, especialmente com aqueles que mais sofrem as consequências da atual crise política e econômica… Discípulo de Cristo, cristão, de verdade não tem medo que as suas obras sejam manifestadas, não se esconde por trás de esquemas que não condizem com a vida cristã; jamais se deixa corromper. Somos chamados a ser cristãos por inteiro, a viver na santidade, a ser fieis também nas pequenas coisas do dia a dia. Nós condenamos duramente a corrupção, mas não podemos tolerar e reproduzir atos aparentemente pequenos de infidelidade e desonestidade no dia a dia. Nós rejeitamos a perda de direitos dos pobres e pequenos nas iniciativas políticas, mas não podemos aceitar a falta de respeito à vida e à dignidade das pessoas no cotidiano. Nós repudiamos as violações à vida nascente, como o aborto, mas não podemos ficar indiferentes as violações sofridas, ao longo da vida, pelos pobres e fragilizados.

Seja o nosso louvor pascal manifestado com os lábios, o coração e a vida. Seja acompanhado da busca da paz, jamais cedendo à tentação da agressividade em palavras ou atos. A busca da justiça que conduz à paz não se faz através da violência…. Quem celebra a Pascoa não pode adotar um estilo de vida marcado pela agressividade e violência. Quem crê em Cristo Ressuscitado, é chamado a vida nova; crê na vitória do amor sobre o ódio, da misericórdia sobre a vingança, da paz sobre a violência, do perdão sobre o ressentimento e da vida sobre a morte. Nos cremos no poder do amor misericordioso!

  • Já pensando num compromisso renovado

Recordando, com louvor a Deus, os dez anos da Conferencia de Aparecida, vamos redobrar o empenho para ser uma Igreja de discípulos missionários de Jesus Cristo, Igreja misericordiosa, “em saída” para compartilhar com todos a alegria do Evangelho.

De Aparecida um abraço fraterno,

Dom André

 

 

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